Dois Tomos, de dois volumes cada, bonitos e bem feitos: como todos os nossos projetos editoriais, os contemplamos com orgulho quando ficaram prontos. Mas nunca imaginávamos que o Dicionário das Famílias Brasileiras seria um sucesso tão incrível que permitiria a muitos brasileiros o reencontro com suas origens e até mesmo com familiares desaparecidos.

Estas estórias aconteceram e continuam acontecendo. E muitas outras curiosidades ligadas às famílias, aos sobrenomes e à longa e rica história de formação do Brasil. São trinta e cinco mil verbetes, além de mais de 3.800 imagens de brasões, rostos, assinaturas, documentos, edificações, etc... Foram décadas de pesquisa realizada por seus autores, Antonio Henrique da Cunha Bueno e Carlos Eduardo de Almeida Barata. A capa criada por Bia Lessa propõe um jogo de armar, as imagens se complementando quando se colocam os livros lado a lado, como o quebra cabeças do passado: perguntar aos avos sobre seus pais, de onde viemos? O gesto quase inevitável de todos os que pela primeira vez seguram um dos quatro volumes em suas mãos é o de buscar rapidamente a sua própria família. E ali estão elas: famílias italianas, japonesas, espanholas, libanesas, portuguesas, polonesas, armênias, francesas, alemãs, russas, chinesas, africanas, indígenas, judias, falando de origens, localidades, termos utilizados, dados históricos...

Para se ter uma idéia, apenas o glossário do Tomo II, referente aos seus dois volumes, tem duzentas e vinte páginas com explicações, curiosidades que serão citadas ao longo das milhares de páginas de nomes de famílias ordenados alfabeticamente. Assim, os Fushiki, japoneses, convivem lado a lado com os Fustegato, portugueses, e os Futaro, italianos. Nada tão estranho para um país que se caracteriza pela integração entre as varias nacionalidades que o compuseram. Tal como nos verbetes, por todo o Brasil as diversas famílias de origens variadas convivem em paz, lado a lado, sentindo-se todas "em casa".

Retirar os grossos livros de sua caixa, ilustrada com as mesmas imagens das capas, e abrir qualquer um dos quatro volumes, é um mergulho em histórias fantásticas, informações incríveis, como se desfilassem à frente de nossos olhos personagens comuns e históricas, de todas as etnias e origens, multiplicando-se, misturando-se, compondo a palheta que por sua vez iria desenhando todas as cores de um país continental que avança, ao mesmo tempo que se debruça sobre sua própria estória, fascinado.

Confira aqui o livro da quinzena: Dicionário das Famílias Brasileiras